segunda-feira, 13 de setembro de 2010

arrumando a casa

Agora vou postar as poesias lá na ilha-primeira.
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Passa lá!

E o Saia Justa? No. 4

Márcia Tiburi à Monet de Agosto de 2010:
"Algumas pessoas ali não tem a menor ideia do que você está falando, não têm o menor lastro, não têm o mesmo ambiente intelectual, então rola um desentendimento. Não tenho paciência com prepotência, nem tenho que ter. A prepotência é a burrice tentando se fazer passar por uma coisa válida."
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Parece que a Márcia Tiburi esqueceu por que diabos se escala uma filósofa para debater com uma atriz linda por unanimidade e uma ex-modelo que é puro glamour e faz um estilo low-profile.
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E a gente também não tem paciência com a prepotência de pessoas que fazem esse tipo de declaração...

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Mal na carne

O perverso sabe exatamente onde está e o quanto falta para continuar mantendo a farsa que ele próprio criou.
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O perverso não dosa esforços e tem o dom telepático da atitude perfeita.
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O perverso suga a alma pelo pescoço com beijos quentes e palavras arrepiantes.
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O perverso não será, não foi, não se presta a nada. Tem apenas intenções.

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Elemento Mulher

Zapeando assisti ao "Papo Calcinha" do Multishow no sábado. O site descreve o programa da seguinte forma: "Quatro meninas falam sobre intimidades no universo feminino sem tabus, vergonha e preconceito."
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Bem, vejamos os temas: "Por trás tá valendo?" "Engole ou Cospe?" "Tamanho do pau".
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Ok, a ideia é deixar o telespectador bisbilhotar uma conversa feminina real, sem pudores. Só que ela acontece na frente das câmeras, e isso muda a prerrogativa inicial.
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O tom "confessional", na primeira pessoa, incomoda. Perde a riqueza, não tem elaboração alguma, é tudo nu e cru e de gosto duvidoso. Até o cenário e a iluminação.
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Fiquei pensando que talvez seja mais para o gosto do público masculino, essa coisa direta que dispensa preliminares.

Escola fechada

"Fim da edição impressa do JB encerra uma época importante no jornalismo" noticiou o Bom Dia Brasil, no dia 31 de agosto de 2010.
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Dá uma certa nostalgia, eu que acabei de me formar naquela redação, no prédio chamativo da Av. Brasil.
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Minha primeira matéria de rua foi cobrir um carro caído no canal da Presidente Vargas.
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No fim fui ao aniversário de 80 anos de Caymmi na People do Leblon...
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Que Deus os tenha.

De volta a si mesma

Liz Gilbert não vai a lugar algum. Em seu ótimo “Comer, rezar, amar”, a autora que é também protagonista afirma que ela esteve na Itália, na Índia e em Bali, viajando durante um ano. Mas todas as suas viagens foram internas, para investigar e dar contorno a uma identidade que até o início do livro apenas atendia por seu nome.

Encontrei em outro livro a melhor pista para compreender o que se passou com Liz: “Quem perde esperança foge. Quem perde confiança esconde-se. E ele queria as duas coisas: fugir e esconder-se.” Esse é um trecho de Mia Couto, em “Jesusalém”. E o que se passa com ela é semelhante. Ao constatar que se permanecesse vivendo da forma como vivia estava se endereçando a um caminho de desilusão e morte, Liz dá seu “Basta!”, fugindo de sua terra, seus laços, sua língua-mãe e de seu despedaçar.

Suas viagens são espelhos, onde ela pode se enxergar, se deparar com seus gostos e desprazeres, e partindo destas acepções, reconstituir-se. São uma metáfora para a maior viagem, para dentro dela mesma, que nem sabia quem era até então.

Todas as pessoas, todos os encontros, todas as comidas, todas as preces são oportunidades para que ela se delineie como mulher. A falta de sexo durante a viagem é bastante representativa também, pois se emocionalmente ela começa do zero, como criança novamente, o ato sexual realmente não cabe, seria até violência.

Liz faz tardiamente o caminho para crescer. Como muitas mulheres, lança-se na vida sem saber quem é, e por isso se fere profundamente, pois em nada está enraizada – não há conforto em parte alguma. Na primeira viagem, à Itália, ela só trata de curar o corpo. Como um bebê recém-nascido vive em torno das necessidades básicas. Só há espaço para o prazer e nenhuma frustração é tolerada. Acaba engordando onze quilos. Na segunda viagem, onde passa longo tempo meditando e em jejum, trata de lidar com os limites, como faz uma criança que começa a andar e aprender que não pode tudo. No último trecho, na Indonésia, é que está pronta para o amor e o grande poder que o sexo confere. Ela desabrocha como mulher.

A princípio é o tipo de livro cujo argumento parece gratuito e pouco atraente: “autora tem uma longa viagem bancada, com a finalidade de produzir um livro-relato no fim e vender horrores”. Tem ainda incomodos estereótipos sobre os países envolvidos. O do brasileiro amante, por exemplo, desagradará a todos que repudiam o turismo sexual no nosso país. Mas Elizabeth Gilbert faz mais, com seu estilo próprio ela nos leva junto com ela. Estamos lá, todo o tempo, de mãos dadas – o leitor e a protagonista, como a mão e a luva. O livro nos faz grande companhia. E espero que o filme que estréia no Rio no dia 01/10/2010, produzido por Brad Pitt e estrelado por Julia Roberts e Javier Bardem, tenha também esse mérito.

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Do lado do poder

Hoje um rapaz magrinho, negro, de aspecto simples, namorava a vitrine de uma loja de ternos em Copacabana. O sonho era tanto que ele apertava as mãos uma contra a outra com olhar extasiado.
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Incrível como a cultura do consumo fabrica desejos sem qualquer conexão com a Vida. Haja identidade para discernir o que nos é vital.
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Enquanto isso... o Burger (argh!!) King é nosso!! Pela módica quantia de quatro bilhões de dólares, pagos com ajuda de Eike Batista.
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Enquanto isso... em Cabedelo (PB), polícia apreende celular de traficante com imagens de uma criança de 3 anos fumando.

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

femme fatale

Olhando isso
Comendo isso
Sonhando isso
Não dormindo isso
Aguando isso

Algumas coisas na vida são explosivas

Corra de quem nunca se queimou