Na cova dos... gatinhos!

... hum...
surpresa!!!
A vida ao vivo dá a volta na gente. Muito mais rica, muito mais surpreendente. Para mostrar sua grandeza, seu poder.
Para nos fazer retornar
ao nosso ínfimo lugar.

Sedução

Como crianças sedutoras
Vamos nos envolver em olhares
e gestos espontâneos

Vamos nos dobrar em sorrisos
Palavras certeiras
derretidas com mel

Vamos beber esses dias
Vamos nunca mais dormir
Para cegos brincarmos
De esconder e achar

Os dois num só
O mesmo movimento
O mesmo gato e rato

Neste tempo perfeito
Inebriados de perseguição
Como se fosse para sempre
De mãos dadas

Desejo Único

Sai do meu caminho
Não me olha
Não sorri
Não quero
nunca mais

Quero te escapar
Te escapulir pelas mãos
Quero te ver sumindo
Dos meus dias

Não me olha
Não me pede que te olhe
Só vejo vermelho
Como touro que espera o derradeiro minuto

Poderia ter sido!
Poderia ter sido!
paraíso
e passou

E agora,
Não mais me olhe
Não quero empedrecer
Com tua beleza
assustadora

Obsessão...

Palavra em várias fases... insônia, impulsos suicidas, arrependimento, choro, descrença, esperança, afastamento e, por fim, resignação - mas com momentos de raiva contida. Qual é a água que te limpa?

Girando

Que loucura essa coisa de mudar. Primeiro a gente passa muito tempo caminhando, evoluindo. Depois, vai parando aos poucos até ter a sensação de que está pregado ao chão, que tudo parou à nossa volta, que estamos enredados. Aí começa a parte mais dura... vislumbramos o futuro sob uma névoa densa. E nesse momento o bichinho da mudança começa a morder o nosso estômago, começa a corroer os nossos dias. E a idéia se torna fixa, precisamos transformar, precisamos sentir a areia se mover sob nossos pés.

O tempo passa mas a urgência não. E aí, de repente, com uma forte chuva, tudo sai do lugar, vai escorrendo pela fresta, derretendo... não é mais a mesma casa, não são as mesmas pessoas, não são os mesmos cheiros, as mesmas sensações. Foi o mundo que mudou ou fomos nós?

Verdade

NÃO POSSO NÃO POSSO NÃO POSSO NÃO POSSO NÃO POSSO NÃO POSSO NÃO POSSO NÃO POSSO NÃO POSSO NÃO POSSO NÃO POSSO NÃO POSSO NÃO POSSO NÃO POSSO NÃO POSSO NÃO POSSO NÃO POSSO NÃO POSSO NÃO POSSO NÃO POSSO NÃO POSSO NÃO POSSO

Over the rainbow

Por que viver com menos?
Por que tantas migalhas?

Onde estará o pote de ouro das possibilidades sem fim?

Dança Dialética

ei, vem conversar comigo!

vem me dizer todas aquelas afrontas
tantas falas agressivas

vamos brigar
a título de chegar a respostas

vem me confrontar
vem se esfregar na minha cara

Me julgue, condene, subjugue
eu, leviana
superficial
sem base
você já venceu desde o dia em que disse seu nome

nessa nossa dança de argumentos
quero mais é nunca ter razão

você

o toque
o veludo
as mãos em passeio

o cheiro
em tudo

que bom que veio

Felinos

Tal qual os gatos, minha identidade está junto da casa. Casa para dormir, comer, sonhar, me enroscar... lugar de ser. Felinamente.

no comments

O pessoal tá reclamando que é um saco deixar comentários aqui... Ok ok, vou buscar outra ferramenta mais amigável... em que todos possam ficar incógnitos...

Tudo ao mesmo tempo

Outubro de 2008, mês pra ficar marcado na história da minha vida. Tantas mudanças, há tanto acalentadas, geradas, alimentadas, e, de repente!

Hotel

Engraçado morar em hotel... é estar turista em sua própria cidade, descobri-la toda nova, novas ruas, novas gentes, novos cheiros e sons. Todo mundo deveria se hospedar em hotel por uns tempos em sua cidade e abrir novas possibilidades de entendimento e visões do espaço externo e, com alguma benção, do espaço interno idem...

Novembro e deleite...

Oba, vem aí Milk com o irreparável, babável Sean Penn... e Daniel Craig. Podem vir quentes!

Leonina

Seu sorriso, sua fé, sua força, sua dança... Leonina Valeska, que linda! Que bons esses momentos, quanta inspiração... olhe para fora e me mostre, você sabe tudo!

Dia de Sol

Hoje essa luz me tomou em cheio, me deu sentido, levou embora o olho molhado, me botou um suspiro no peito. Pelos sorrisos de vocês, muito obrigada. O que seria de mim... ai ai

Alimento

Agora não depende mais de mim... fiz o que pude... busquei, trabalhei, pensei, gastei tempo, energia, emoção, carinho... Agora não depende mais de mim... Minhas ações se esvaziaram.
Mas sempre soube também que uma vontade apenas não basta, e que a chama se apaga sem o oxigênio. Então venha, sopre sobre mim, me alimente com seu hálito quente... essa vez é sua.

O que ficou para trás

O que estou vendo agora, já teria passado? Estaria eu - tal qual aquela teoria do MKT - olhando para o hoje por um espelho retrovisor?

Eu e a tela

Noutro dia falei que o blog vicia. E é um vício verdadeiro pois traz enorme alívio. Poder vir aqui, falar, falar, falar... trabalhar essa energia em forma de palavras. Sem diálogo, apenas o bom exercício da solidão. Eu e a tela, entrelaçadas, como a dança e seu bailarino...

Ontem e hoje

Ontem e hoje... dias difíceis. Uma melancolia angustiante, uma circunspecção, uma gravidade, uma reclusão em mim mesma. Um cansaço do amanhã... ou seria só uma saudade?

No olhar do outro

O que é o obrar senão uma oportunidade belíssima de entrar em contato e conviver com o outro? Não importa onde, para entregar o quê, com qual objetivo... que importa? O brilho está é no olhar do outro.

Feito para mim

Ontem fui beijada pela terra. Tudo estava lá para mim. Dancei em agradecimento. E agora poderemos dar os nossos frutos.

Que raiva

é tanta impossibilidade, é tanto papel em branco, é tanta coisa não dita, é tanta noite acordada, é tanta noite dormindo em vez de rolar acordada... Meu Deus o que é isso? Por que isso agora? Só pode ser para eu acabar de crescer...

irmão

Casamento e agora aniversário... muitas alegrias você me dá! Se eu viver 200 anos e a cada dia te entregar uma mala de dólares, nem assim pago por isso... te amo. Seja feliz e serei também!

Certezas e Dúvidas

Ondas na praia
Onde mora

{o vento?

Ventania
varrendo pra longe

Onde mora?

Pertencimento

O Lorde que habita o mesmo espaço que eu estava tristinho... disse que esses eram textos de uma mulher muito livre. Dá o pé, Louro!

No avião para Belo Horizonte - abril 2008

Deus que esse dia veio
E caiu sobre meus olhos
Como ave solitária
{sobre o mar

Como pergunta no peito
Esfriando as veias
Congelando meu sangue

{estancada, inerte

Nesse dia que veio

Pensamentos - 05/09/2008 - Pio da Coruja

Eu estava firme. Na intenção de desenvolver a paciência, esperar o tempo que fosse. A maga Eliana até falou sobre isso, sobre a gente impor nosso ritmo e depois passar a vida se arrependendo, se perguntando como teria sido se a gente não tivesse imposto aquilo ao outro, pensando até se aquele encontro teria existido.

Todo dia tomo cacete para aprender a esperar. Não me impor, esperar olhando para o nada. Sem ver nada à minha frente, aprendendo a ser a própria lua, desconhecida, assustadora, paralisante.

É como se atirar no abismo, à noite, tudo escuro sem nenhum ponto de luz, apenas o pio da coruja para me informar que ainda não morri.

Congelar para sempre

Muitas saudades de você. Acho que quando a gente se encontrar é capaz de eu rir, chorar, gaguejar, sei lá... é tanta coisa dentro, que periga ficar muda.
Quero tocar suas mãos, olhar seus braços, sua boca, seus olhos. Quero te sorver, parada, eternizar o momento, congelar nesse instante para sempre.

Encontro de Bruxas

Conversando com a Katja, uma grande descoberta: eu estava com uma bruxinha, das feitiçarias como eu, e simplesmente não a via!!!! Que belo, que grande conexão! Agora sem problemas a serem resolvidos, sem ambientes nocivos, somente nós 2... vamos juntas, de mãos dadas, para mergulhar no reino do desconhecido.

Pensamentos - 03/08/2008 - Coringa

Ontem, assistindo o Batman, uma epifania ou visão ou congelamento: o que eu havia feito da minha vida nos últimos 35 anos? E o pior: como seriam os próximos 49? Melhores? Mais felizes, criativos, plenos de vida? O que seria o meu legado? O Coringa certamente me inspirou... Heath Ledger deixa seu nome registrado no mundo, definitivo, e depois disso só a morte (como houve) poderia ter o tamanho de sua coroação. O que haveria mais para fazer, além do seu Coringa? Isso tudo, pensando sobre uma perspectiva da existência e de deixar uma marca indelével.

Eu, cá comigo, olho para trás, e vejo um script tão limitante, empobrecido pelo combate comigo mesma, simplesmente tentando não naufragar... apenas dando conta das necessidades reais ou imaginárias.

É uma urgência, um deixar aquela mulher-menina para trás, desmascarar suas necessidades, gritar para ela: "Você não é nada disso! Esse script você reforça há 35 anos (ou até antes disso, na ancestralidade). Esmigalhe essa falta, e ela deixará de ser você. Comece tudo - NÃO DE NOVO - mas do zero, como se você jamais tivesse existido. Hoje começou o resto da sua vida - hoje é o dia 1o."

Pensamentos - 01/08/2008

Pensando agora sobre como tenho agido com você, eu sempre tão egoísta, sempre falando das minhas necessidades, e você sempre tão generoso, me colocando (e as necessidades) em primeiro plano, você sempre - pano de fundo. Coadjuvante mudo de uma história que é só minha...

Reason why

A Manika disse que eu precisava escrever... engraçado ela ter colocado que seria quase como uma psicografia, e que as pessoas iam se modificar através desses textos... minha amiga Sandra me disse: "Carlinha, faça um livro para as mulheres!" E eu já tinha até sonhado com um layout... muito feminino.

qué vim? vem comigo!