quarta-feira, 23 de dezembro de 2009
Viver a Vida 22
Com Helena se esvaecendo a cada dia, pobre do Tripé Maia!!! Ficou esvaziado, um arremedo do comedor onipresente que foi um dia nas outras novelas do Maneco.
Viver a Vida 21
Muito bem dirigida a cena em que o ex da Dora reaparece na janela do restaurante! Fiquei apavorada!
Viver a Vida 20
De uns dias pra cá as cenas em torno da cama da Lu têm sido bem "família", com a relativização da vilã Bel... gostoso aquilo das brincadeiras, os sorrisos, os olhares, um delícia assistir e tiram o peso da situação.
...
Parece que Bel emplacou tanto que a novela terá que lhe dar novo rumo! De má... à cômica!
...
Parece que Bel emplacou tanto que a novela terá que lhe dar novo rumo! De má... à cômica!
quarta-feira, 9 de dezembro de 2009
Vale Open Air
Evento digno do Rio de Janeiro. E faz pensar em tudo que poderíamos ter aqui, integrando natureza e produção... ai ai
E Isabella Rossellini com seus lábios carmim, suas pálpebras azul-petróleo... ai ai
E Isabella Rossellini com seus lábios carmim, suas pálpebras azul-petróleo... ai ai
Viver a Vida 19
No início foi a Lu, e agora a Bel e Renata são as estrelas da festa. O capítulo de ontem foi escrito para elas 2. Bel um pouco abaixo do tom de quem guarda tanta raiva, e Renata alguns tons acima, como sempre. Quero ver quem mais vai se revezar até o fim para dar soluções ao pepino que essa novela arrumou de não ter realmente a Helena!
Viver a Vida 18
O tema sexo era realmente o que me intrigava, como seria abordado... a cena de Jorge e Luciana conversando sobre a possibilidade foi sem palavras! Ela agindo como uma pessoa inteira, ele agindo como se tivesse à frente alguém seriamente limitada... muito difícil... vamos ver se a novela vai conseguir segurar esse assunto. Eu adoraria ter um termômetro da recepção do público, fiquei pensando o que será que as pessoas pensam a esse respeito.
terça-feira, 8 de dezembro de 2009
Viver a Vida 17
Legal o encontro da amigas no restaurante e o ambiente de intimidade que elas criaram na tela... é assim mesmo né, Meninas?
Viver a Vida 16
Nunca convivi com pessoas em tratamentos longos para voltar a andar (sem saberem se haverá progresso ou não), então fica difícil dizer, mas a Lu está tão linda, tão leve, tem dias que abre aquele sorrisão, que dá a impressão de estar ali só por uns tempos, de passagem, e que tudo foi só um pesadelo. Eu esperava que ela fosse passar uns tempos deprimida, drama brabo mesmo... mas parece que ninguém quer sacrificar mais a mocinha!
quinta-feira, 26 de novembro de 2009
Espiritual
Eu como seta
Para frente
Só existe um dia
Depois do outro
Em presença,
O tempo como ilusão
Só existe um pé
Depois do outro
Só existe esse momento, esse suspiro
Esse dia, como soma de todos
De todos os meus antepassados
Todos, um único fio
E sei disso porque o sol
Me beijou a boca
E estou parindo o oceano
Como mãe desde todos os tempos
Tudo em mim agora
Sou nascente
Sou som e luz e transbordo
Em sua direção
Como seta
Em Todos
Um só fio
Não há você nem eu nem ele
Um só fio
e o mar
Onde tudo se encontra
Me emprenhe da tua água...
Me una a mim mesma no éter
Para frente
Só existe um dia
Depois do outro
Em presença,
O tempo como ilusão
Só existe um pé
Depois do outro
Só existe esse momento, esse suspiro
Esse dia, como soma de todos
De todos os meus antepassados
Todos, um único fio
E sei disso porque o sol
Me beijou a boca
E estou parindo o oceano
Como mãe desde todos os tempos
Tudo em mim agora
Sou nascente
Sou som e luz e transbordo
Em sua direção
Como seta
Em Todos
Um só fio
Não há você nem eu nem ele
Um só fio
e o mar
Onde tudo se encontra
Me emprenhe da tua água...
Me una a mim mesma no éter
quarta-feira, 25 de novembro de 2009
Viver a Vida 15
O Brasil todo deitado na cama da Lu!!! Quando ficam muitas cenas sem que ela apareça, eu sinto até falta, quero dar uma "espiadinha", ver como ela está!! Não quero deixá-la sozinha.
Viver a Vida 13
Brilhante a construção de personagem de Teresa... ontem no diálogo com o genro, ela forçando o cara a se comprometer com a filha "inválida", deu o tom de toda sua inconsciência, a gente entende perfeitamente por que seu casamento acabou e ela tem uma filha como Bel, um grito de dor. Excelentes diálogos escritos para Lília Cabral, que presente!
Viver a Vida 12
O Bené de Marcello Melo pula a janela depois de uma noite de amor e Cássia Eller o acompanha com seu Partido Alto... Trilha Sonora deliciosa, as usual, não é só tempero, é um outro personagem que dá deixas, é quase uma entidade presente nas cenas. clap clap clap!
sábado, 21 de novembro de 2009
Viver a Vida 11
Se eu falei aqui que assistir a Helena da Taís era prazeroso por sua beleza (Viver a Vida 6), agora estou quase arrependida. Desde a desgraça que eles a deixaram no osso! Não me canso de me abismar: produção é tudo!!
Do Império Russo
Marc Chagall (1887-1985) no MNBA. Emocionam suas cores, sua profundidade, sua história pessoal em cada desenho. E a gente tendo acesso às casas, à realidade estética da pequena vila, aos personagens típicos e pitorescos de seu cotidiano. O período histórico retratado me deixa boquiaberta, tal efervescência criativa, e pensar que ele foi contemporâneo de Freud, Jung, Reich, Picasso e tantos outros. Ninguém é à toa conhecido como um dos maiores coloristas do mundo e lá se vê por quê. Os desenhos de homem e mulher são um capítulo à parte deste artista apaixonado. Acaba 6 de dezembro.
Viver a Vida 10
Lília Cabral, se dependesse da TV Globo, seria a mulher mais insuportável do mundo! Não dá pra esquecer em Páginas da Vida e agora novamente. Ainda bem que ela fez Divã e a gente viu toda sua leveza e encanto na telona!
Viver a Vida 9
O que está havendo com o personagem de Nelson Baskerville? Ontem a mulher desesperada (Natália - sempre!! - que prazer assistir), o filho deprimido, e ele com aquele meio sorriso nos lábios. Leviano. Ou esse cara é um retardado ou... Alooooou! Direção de Atores!!!!
terça-feira, 17 de novembro de 2009
Paixão
Era uma vez um menino que gostava muito de brincar. Soltava pipa, balão e corria atrás de carrinhos... mas sua brincadeira favorita era muito curiosa... E não precisava de mais nada pra brincar! Ele colocava os dedinhos perto da vela acesa e quando estavam quase doendo, de tanto esquentar, corria para a geladeira, subia na cadeira, abria a porta do freezer correndo, e enfiava os dedinhos na neve de gelo. Isso dava um tremendo alívio... e ele ria sem parar. Ele sabia que assim ia se salvar do que a mãe dizia: "Quem brinca com fogo é para se queimar!"
segunda-feira, 16 de novembro de 2009
Renascimento
Olho da janela do Morgenlicht. Lá fora tudo está completo: tantos pássaros, cantos, esse verde deslumbrante que tira o fôlego e o vale à frente.
Aqui não há dor, não há dúvidas nem hesitações.
Aqui, nessa igreja viva, nesse espaço sagrado, o ontem se junta com o amanhã. Apenas o espaço e a presença. E o respirar.
...
Passo os dias me ouvindo respirar, como cantiga.
Aqui não há dor, não há dúvidas nem hesitações.
Aqui, nessa igreja viva, nesse espaço sagrado, o ontem se junta com o amanhã. Apenas o espaço e a presença. E o respirar.
...
Passo os dias me ouvindo respirar, como cantiga.
quarta-feira, 11 de novembro de 2009
terça-feira, 27 de outubro de 2009
Ave Maria
Essa noite, dois pesadelos... a criança bem pequena, seu corpo quente e tenro, caminhando no escuro, à minha frente. Eu a ajudo a andar, tento guiá-la, viro-a para mim e de repente consigo vê-la: é um anjinho encaracolado, mas o rostinho é de um ET...........
Volto à casa antiga, meu porta-retratos ainda está lá. Quando olho bem, minha foto está se mexendo, mostra a língua com olhos diabólicos. Depois minha imagem sai de foco, se dissolve no papel, e volta a aparecer. Horripilante!!!!!!!!!!!
Volto à casa antiga, meu porta-retratos ainda está lá. Quando olho bem, minha foto está se mexendo, mostra a língua com olhos diabólicos. Depois minha imagem sai de foco, se dissolve no papel, e volta a aparecer. Horripilante!!!!!!!!!!!
Satisfaction
Tanto tempo
No meu peito
Saia de dentro
E de frente pra mim
Olhe nos olhos
Durma o sono
Saciado
No meu peito
Saia de dentro
E de frente pra mim
Olhe nos olhos
Durma o sono
Saciado
domingo, 25 de outubro de 2009
Viver a Vida 7
Vamos combinar... Viver a vida são Miguel, Jorge e agora... Aventureiro!! Primeira novela que eu vi de Manoel Carlos em que os homens são os donos da festa. Esses três, quando surgem na tela, a gente fica ali, estática, esquece até de respirar. Viva a beleza!
Viver a Vida 6
Uma coisa que eu sempre curti foi viajar para o primeiro mundo e ver aquelas negras tão transadas, com seus penteados imponentes e suas roupas statement; os negros tão cheios de auto-estima viril, com sua língua própria e seus meneios, que no mundo "branco" só as economias fortes exibem - o resquício atualizado de seus escravizados. (Aliás meu grande desânimo em visitar países de raça única vem muito daí, de não poder me admirar com os negros, com toda sua intensidade e pujança.)...
Mas esses dias fiquei pensando na Helena. De certa forma, ela mostra essa negra bem-sucedida, com beleza e produção. Leva essa auto-estima para a casa das pessoas, disponibilizando-a. Esse comentário, até por colocar a beleza negra em primeiro plano, pode ser considerado racista também, ok. Mas sinto que a Helena da Taís Araújo, se não tem o poder dramático de suas antecessoras, está por outro lado prestando um serviço de utilidade pública. Viva a beleza!
Mas esses dias fiquei pensando na Helena. De certa forma, ela mostra essa negra bem-sucedida, com beleza e produção. Leva essa auto-estima para a casa das pessoas, disponibilizando-a. Esse comentário, até por colocar a beleza negra em primeiro plano, pode ser considerado racista também, ok. Mas sinto que a Helena da Taís Araújo, se não tem o poder dramático de suas antecessoras, está por outro lado prestando um serviço de utilidade pública. Viva a beleza!
sexta-feira, 23 de outubro de 2009
Eyes wide open
Ontem, onze da noite, uma senhora esquálida cheirava, na própria mão, enquanto caminhava pela Av. Copacabana... e no meio tempo, aproveitava para pedir esmolas. Enquanto isso, no meu prédio, meu vizinho... ou seria vizinha?? ......... bem, Copacabana, uma experiência antropológica!
Obama na Carioca
Acabei de ver o Obama brasileiro na saída do metrô da Carioca... tem um sósia dele ali que fica distribuindo folhetos. Eu quase peguei pra saber o que o Obama "vende"... a única diferença é que esse tem uma malemolência, um jogo de sorrisos, que o verdadeiro não pode ter...
quarta-feira, 21 de outubro de 2009
Viver a Vida 5
Lindo o figurino da Bel na cena da empresa onde ela instiga o cunhado contra a irmã... em compensação, Luciana outro dia tava vestida de cortina! Deus do céu...
terça-feira, 20 de outubro de 2009
Viver a Vida 4
Ontem a Kogut falou da Helena, mesma coisa que eu disse aqui, só com um tom mais esperançoso, de que aquilo vai se aprumar... sei não...
Alô alô!
Alô alô!
segunda-feira, 19 de outubro de 2009
Viver a Vida 3
Lília Cabral bate na filha adulta com o chinelo e a gente ali, sem desgrudar, sentindo a dor junto, apanhando por ela, recebendo aquele amor e aquele limite... Violência física em família é Ibope certo.
sábado, 17 de outubro de 2009
Igualdade
Onde estará você
Você que usa a balança
E tudo pesa
Com mesma medida?
Onde estará?
De tanto acreditar
Um dia essa energia
Se dará em matéria
Vestida de homem
Sem conceito
Sem forma
Sem ideia fixa
Apenas a balança
A ditar o ritmo... a pendular
Você que usa a balança
E tudo pesa
Com mesma medida?
Onde estará?
De tanto acreditar
Um dia essa energia
Se dará em matéria
Vestida de homem
Sem conceito
Sem forma
Sem ideia fixa
Apenas a balança
A ditar o ritmo... a pendular
sexta-feira, 16 de outubro de 2009
Tsunami
Tantos papéis
E em todas, só uma
Só aquela que te quis
Dias e noites
Tantos papéis
se dão ao mesmo tempo
pra varrer seus esforços
Dissolver em pó
Suas certezas de sensatez
Tantos papéis
Tanto tempo
Tanto trocado
Nesse sexo intuído
Quiçá concretizado
Tantos papéis
Mas a alma, única,
Revelada a cada instante
É ânsia
E muda
E deseja
Aceite cada uma de mim
Como se fosse Eva
E com todas reunidas
Deixe a onda eterna
Arrastar-te
E em todas, só uma
Só aquela que te quis
Dias e noites
Tantos papéis
se dão ao mesmo tempo
pra varrer seus esforços
Dissolver em pó
Suas certezas de sensatez
Tantos papéis
Tanto tempo
Tanto trocado
Nesse sexo intuído
Quiçá concretizado
Tantos papéis
Mas a alma, única,
Revelada a cada instante
É ânsia
E muda
E deseja
Aceite cada uma de mim
Como se fosse Eva
E com todas reunidas
Deixe a onda eterna
Arrastar-te
segunda-feira, 28 de setembro de 2009
Viver a Vida 2
Incrível como Maneco conta sempre a mesma história: o Leblon, Helena, José Mayer comedor, as paisagens, a classe média alta e o hospital... mas alimenta em nós o desejo infantil de ouvir sempre a mesma fábula, repetida incessantemente, aquela que nunca cansa. Fora o desejo pela beleza... esteticamente, o que dizer de Viver a Vida? É de tirar o fôlego... Novela de Maneco é um dos produtos de classe mundial que o Brasil produz e exporta!
Viver a Vida 1
Tá me parecendo que Maneco arrumou um problema que terá que remediar rapidamente nos próximos dias, a título de engrossar o caldo e dar substância a sua estória... Helena, mulher onipresente e profunda, desta vez não passa de uma libélula deslumbrada!!! Quem vai sustentar Viver a Vida durante os oito meses médios? Sua irmã Sandra e Luciana, sua desafeto, estão carregando o piano por enquanto... mas até quando?
O cara
Li que Obama não gasta seu tempo com telefonemas nem emails, e diz que "Passa muito tempo pensando" para se planejar adequadamente e "garantir que suas expectativas sejam sempre maiores que a de todos". Ui, que hômi é esse???
sexta-feira, 25 de setembro de 2009
O tempo e seu olho
Naquela pergunta
Os dias passam
Plasticamente
Como lava de vulcão
Muda espero
Sem saliva
Sem palavras
Sem piscar
Dentro do vulcão
Tudo incandesce
O ar, mínimo
Tudo sobe
E desaparece
Queima o ar
Por isso sufoco
Nesse olhar ausente
Nessa mão distante
Nesse dia inexistente
Estática
Sem palavras
Sem saliva
Repouso suspensa
Os dias passam
Plasticamente
Como lava de vulcão
Muda espero
Sem saliva
Sem palavras
Sem piscar
Dentro do vulcão
Tudo incandesce
O ar, mínimo
Tudo sobe
E desaparece
Queima o ar
Por isso sufoco
Nesse olhar ausente
Nessa mão distante
Nesse dia inexistente
Estática
Sem palavras
Sem saliva
Repouso suspensa
terça-feira, 8 de setembro de 2009
Tomorrow
eu p. da vida, uma vontade louca de conversar com vc, para vc me dar umas visões bem tranquilas, me acalmar com sua lógica e racionalidade, me incensar com o seu "Fica bem"...
quinta-feira, 6 de agosto de 2009
Sempre ele, o Tempo
joaninha pequenina
metade dentro
metade fora
da terra
olha desconfiada para cima
esperando
a hora certa
metade dentro
metade fora
da terra
olha desconfiada para cima
esperando
a hora certa
sexta-feira, 3 de julho de 2009
Derretimento
Que fusão!
Os dois melados
Derretendo-se
Em banho-maria
Chega o dia
Chega a noite
Não levante!
Cozinhe-se comigo
Sua boca, o molho
Sua língua, pimenta
Nas mãos, a batida
Seu cheiro inebria
Seu sorriso alimenta
Não levante
Durma comigo o sono amanteigado
Amanhã nos sorveremos
Até a hora infinita
Os dois melados
Derretendo-se
Em banho-maria
Chega o dia
Chega a noite
Não levante!
Cozinhe-se comigo
Sua boca, o molho
Sua língua, pimenta
Nas mãos, a batida
Seu cheiro inebria
Seu sorriso alimenta
Não levante
Durma comigo o sono amanteigado
Amanhã nos sorveremos
Até a hora infinita
sexta-feira, 12 de junho de 2009
terça-feira, 9 de junho de 2009
Copaleme 2
Uma senhora (acompanhante ou enfermeira), vestida de branco, empurra outra bem velhinha na cadeira de rodas pelo calçadão. E fala bem alto: "O ser humano é o bicho mais podre que há. É pior que cachorro, é o que apodrece mais rápido!"
Realmente ótimo para convaslecer...
Realmente ótimo para convaslecer...
Copaleme 1
Domingo, calçadão.
Uma senhora (bem senhora) passeia ao sol com vestido justérrimo areia, meias finas, botas de camurça. Cabelos loiros platinum, longos e esticados, óculos estilo "melancia". Leva em cada mão um poodle, ambos brancos, vestidos inteiros de vermelho, e ambos calçados. Copacabana: obrigatória!
Uma senhora (bem senhora) passeia ao sol com vestido justérrimo areia, meias finas, botas de camurça. Cabelos loiros platinum, longos e esticados, óculos estilo "melancia". Leva em cada mão um poodle, ambos brancos, vestidos inteiros de vermelho, e ambos calçados. Copacabana: obrigatória!
quinta-feira, 14 de maio de 2009
A Culpa
Culpa, medo e abandono
Juntos, de mãos dadas, nos afastam do que somos
Pouco a pouco, gota a gota
Esvaziam nossa casa
Nosso gesto
Nossa boca
Seca que não alivia
Um dia iremos ser
Um dia iremos exercer
Um dia chegará a hora
"um dia sei que estarei mudo:
- mais nada." *
* Emprestado de Cecília Meireles, em MOTIVO
Juntos, de mãos dadas, nos afastam do que somos
Pouco a pouco, gota a gota
Esvaziam nossa casa
Nosso gesto
Nossa boca
Seca que não alivia
Um dia iremos ser
Um dia iremos exercer
Um dia chegará a hora
"um dia sei que estarei mudo:
- mais nada." *
* Emprestado de Cecília Meireles, em MOTIVO
domingo, 12 de abril de 2009
Adeus ao seio bom
Seu olho molhado
Seu olho de criança
Busca no chão
O carinho de outrora:
"O que foi que eu fiz?"
Sozinho em seu espaço
Brinca que ela voltou
Tal como foi um dia
Com seu amor incondicional
Que a tudo sorri
Que a tudo aplaude
Como a primeira palavra dita
Perdido de seu esteio
Perdido de si e do outro
Conta quantos quadrados no piso
Sua boca infantil de açúcar
Tem os cantos caídos
Que denotam a idade da sua dor
Correndo como cão atrás de seu rabo
Não vê a saída
Não vê chama nem novidade
Não vê a outra forma
Imóvel e intacto
Aguarda a hora derradeira
Tal como o seio veio um dia
Ao seu encontro
E saciou
Seu olho de criança
Busca no chão
O carinho de outrora:
"O que foi que eu fiz?"
Sozinho em seu espaço
Brinca que ela voltou
Tal como foi um dia
Com seu amor incondicional
Que a tudo sorri
Que a tudo aplaude
Como a primeira palavra dita
Perdido de seu esteio
Perdido de si e do outro
Conta quantos quadrados no piso
Sua boca infantil de açúcar
Tem os cantos caídos
Que denotam a idade da sua dor
Correndo como cão atrás de seu rabo
Não vê a saída
Não vê chama nem novidade
Não vê a outra forma
Imóvel e intacto
Aguarda a hora derradeira
Tal como o seio veio um dia
Ao seu encontro
E saciou
segunda-feira, 6 de abril de 2009
Tocaia da Elite
A elite, derramando suas lágrimas, vai arrematando mais um carrinho, um anelzinho, uma viagenzinha...
sexta-feira, 20 de março de 2009
Flor de fel
A flor de fel espalha seu pó
De discórdia
De intriga
De separação
A flor de fel não sabe distinguir-se das demais flores
Por isso precisa cortar
Outras flores dão a ela
Mais colorido
Mas a flor de fel vai purgando sua fusão com o nefasto
A flor de fel chama a desgraça e a deixa cair em gotas
Destila a semente
De seu interlúdio com o esquerdo
Porque a flor de fel é o mal
Em forma de mulher
De discórdia
De intriga
De separação
A flor de fel não sabe distinguir-se das demais flores
Por isso precisa cortar
Outras flores dão a ela
Mais colorido
Mas a flor de fel vai purgando sua fusão com o nefasto
A flor de fel chama a desgraça e a deixa cair em gotas
Destila a semente
De seu interlúdio com o esquerdo
Porque a flor de fel é o mal
Em forma de mulher
quarta-feira, 18 de março de 2009
Precariedade da Alma
A precariedade da alma é quando a pessoa não pôde contar nem um tiquinho com o outro, não pôde pedir nada a ele, não pôde sequer lamentar baixinho... a pessoa só pôde acreditar na inexistência do outro - que respirava alto, profundamente, dolorosamente... ao seu lado...
A precariedade da alma não abre nenhuma porta. Deixa o outro a espreitar, do lado de fora, aguardando para descobrir... se a pessoa veio mesmo.
A precariedade da alma não abre nenhuma porta. Deixa o outro a espreitar, do lado de fora, aguardando para descobrir... se a pessoa veio mesmo.
domingo, 8 de março de 2009
Não sei onde li...
"With a shriek birds flee across the black sky,
people are silent,
my blood aches from waiting."
people are silent,
my blood aches from waiting."
Místico
Por que esse espaço
Por que esse silêncio
Esse cinismo
Por que tanto tempo?
Por que não me olha
Por que me ignora
Em que dia foi
Que te feri?
Ou será que seu incômodo
é minha respiração?
Ainda viva
Ainda aqui
Para seu desfortúnio
Eu como prova
Sua infelicidade
Tudo que não fez
Tudo que não foi
Ambos
Semi-vivos
Semi-mortos
Como prova
Mas a mim
Me basta que me olhe
Não sabe?
O que você não destrói
E todas as vezes
Que nos virmos
E esse olhar me envolver
Começa tudo de novo
Volto a respirar
Basta que me olhe
Você não sabe?
Por que esse silêncio
Esse cinismo
Por que tanto tempo?
Por que não me olha
Por que me ignora
Em que dia foi
Que te feri?
Ou será que seu incômodo
é minha respiração?
Ainda viva
Ainda aqui
Para seu desfortúnio
Eu como prova
Sua infelicidade
Tudo que não fez
Tudo que não foi
Ambos
Semi-vivos
Semi-mortos
Como prova
Mas a mim
Me basta que me olhe
Não sabe?
O que você não destrói
E todas as vezes
Que nos virmos
E esse olhar me envolver
Começa tudo de novo
Volto a respirar
Basta que me olhe
Você não sabe?
quarta-feira, 4 de março de 2009
quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009
Terra quente
Abri a caixa
Estavam lá a dor, o abandono e o Não
Depois, esqueci de tudo
Fui andando como fada, bela e crente
Muitos anos se passaram
Algo se concretizou
Algo foi possível...
e agora, as vespas vindo para fora, todas juntas
A fazer uma grande confusão...
Como música desarmônica
Como trovão sobre a terra...
Para onde vamos, eu e vc, sempre unidas,
sempre estranhas?
Que angústia, quase não respiro
O ar é como concreto para meus pulmões
O ar
me sufoca
estraçalha
misto de peso e escuridão
Me salve
me salve
Pegue minha mãozinha como seu último gesto
Me puxe para fora
Me desafogue
Me desenterre
Eu, morta, sob a terra quente
Estavam lá a dor, o abandono e o Não
Depois, esqueci de tudo
Fui andando como fada, bela e crente
Muitos anos se passaram
Algo se concretizou
Algo foi possível...
e agora, as vespas vindo para fora, todas juntas
A fazer uma grande confusão...
Como música desarmônica
Como trovão sobre a terra...
Para onde vamos, eu e vc, sempre unidas,
sempre estranhas?
Que angústia, quase não respiro
O ar é como concreto para meus pulmões
O ar
me sufoca
estraçalha
misto de peso e escuridão
Me salve
me salve
Pegue minha mãozinha como seu último gesto
Me puxe para fora
Me desafogue
Me desenterre
Eu, morta, sob a terra quente
quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009
Tanta Saudade
não gosto de reproduzir nada aqui, mas essa é tão perfeita para o momento, mas tão perfeita, que eu não falaria nada melhor que eles dois...
.....................................................Djavan / Chico Buarque
Era tanta saudade
É pra matar
Eu fiquei até doente
Eu fiquei até doente, menina
Se eu não mato a saudade
É, deixa estar
A saudade mata a gente
A saudade mata a gente
Quis saber o que é o desejo
De onde ele vem
Fui até o centro da terra
E é mais além
Procurei uma saída
O amor não tem
Estava ficando louco
Louco, louco de querer bem
Quis chegar até o limite
De uma paixão
Baldear o oceano
Com a minha mão
Encontrar o sal da vida
E a solidão
Esgotar o apetite
Todo o apetite do coração....
.....................................................Djavan / Chico Buarque
Era tanta saudade
É pra matar
Eu fiquei até doente
Eu fiquei até doente, menina
Se eu não mato a saudade
É, deixa estar
A saudade mata a gente
A saudade mata a gente
Quis saber o que é o desejo
De onde ele vem
Fui até o centro da terra
E é mais além
Procurei uma saída
O amor não tem
Estava ficando louco
Louco, louco de querer bem
Quis chegar até o limite
De uma paixão
Baldear o oceano
Com a minha mão
Encontrar o sal da vida
E a solidão
Esgotar o apetite
Todo o apetite do coração....
segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009
"sem nada perder"
Na balança, o sim e o não, a dor e o prazer, o amanhã e o hoje.
Apavorados e sedutores, temem a si mesmos, esses homens femininos...
Apavorados e sedutores, temem a si mesmos, esses homens femininos...
sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009
O iluminado
andou andou
na beira d`água
olhava pro céu
estrelassolconchas
todo o universo
suspenso no instante
menino moleque e só
toda grandeza toda beleza toda clareza tudo soube num instante
nada sabia caminhava caminhava
a esmo
de braços abertos
deu boas-vindas
e sorriu
para o nada
Om Mani Padme Hum
na beira d`água
olhava pro céu
estrelassolconchas
todo o universo
suspenso no instante
menino moleque e só
toda grandeza toda beleza toda clareza tudo soube num instante
nada sabia caminhava caminhava
a esmo
de braços abertos
deu boas-vindas
e sorriu
para o nada
Om Mani Padme Hum
terça-feira, 3 de fevereiro de 2009
Benjamin Button
Afora o relato no hospital, que não acrescenta uma vírgula útil à fábula - parece que David Fincher não acreditou na força da estória que tinha nas mãos - Benjamin Button é sobre nascer (desde sempre), morrer (desde sempre), mas principalmente sobre limites.
.
Lindamente bizarro e poético.
.
.
E os anos 30, 40? ai ai...
.
.
E Brad se derretendo na tela? ai ai... sua construção tem o tom contido, perfeito para um personagem que vive ciente de seus limites. Quase inverossímel para uma beleza que nos açoita daquela forma. clap clap
.
.
E Cate dançando como ninfa? ai ai...
.
Lindamente bizarro e poético.
.
.
E os anos 30, 40? ai ai...
.
.
E Brad se derretendo na tela? ai ai... sua construção tem o tom contido, perfeito para um personagem que vive ciente de seus limites. Quase inverossímel para uma beleza que nos açoita daquela forma. clap clap
.
.
E Cate dançando como ninfa? ai ai...
quinta-feira, 29 de janeiro de 2009
sexta-feira, 23 de janeiro de 2009
Ler você
O tempo do amor é agora
Não o agora dos ponteiros
É um agora lento, esparramado, espaçoso
Se estica como borracha
É preciso dedicação
É preciso estar molinho
Para ler você
Em braille
Derreter-se
É preciso
No tempo do amor:
Agora
Não o agora dos ponteiros
É um agora lento, esparramado, espaçoso
Se estica como borracha
É preciso dedicação
É preciso estar molinho
Para ler você
Em braille
Derreter-se
É preciso
No tempo do amor:
Agora
La Nouba
A noiva
Com seu vestido branco
sorri
Até onde a vista alcança
é azul
Ontem chovia
ou eram seus olhos?
Hoje as ondas
espumas
com calor-carinho
lambem seus pés
Ou talvez ela flutue...
As flores no cabelo da noiva
não murcham nunca
congelam-se para aguardar
a resposta
Yemanjá lhe sussura
que chegou a hora
Com seu vestido branco
sorri
Até onde a vista alcança
é azul
Ontem chovia
ou eram seus olhos?
Hoje as ondas
espumas
com calor-carinho
lambem seus pés
Ou talvez ela flutue...
As flores no cabelo da noiva
não murcham nunca
congelam-se para aguardar
a resposta
Yemanjá lhe sussura
que chegou a hora
quarta-feira, 21 de janeiro de 2009
terça-feira, 20 de janeiro de 2009
Só as canelas
Vovó (96) condenando uma das netas que brigou com Santo Antonio e o colocou (pobre indefeso) de castigo, de cara para a parede:
"No meu tempo, não tinha nada disso, me arrumava, saía e vinha gente assim!"
.
Liquidou
"No meu tempo, não tinha nada disso, me arrumava, saía e vinha gente assim!"
.
Liquidou
A culpa é de...
Vovó (96, diabética) justificando porque estava comendo todo o doce de gelatina com leite condensado que havia feito no feriado: "Está muito calor!".
Então pode Vovó.
Então pode Vovó.
3 gotinhas a ti, Rio
Rio Cidade (novamente) Candidata
êta Vocação infeliz
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Paes
RP de prefeito do Rio
.
.
Elton John
"Love lies bleeding"
êta Vocação infeliz
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Paes
RP de prefeito do Rio
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Elton John
"Love lies bleeding"
Enquanto isso, ali do lado... o fim do mundo
"Na hora achei que fosse um efeito especial. Olhei para as luzes azuis do Espírito Santo (uma pomba gigante de gesso, que ficava no teto) e vi tudo tremer. Depois pensei que fosse o fim do mundo - conta José Cavalcante de Souza Neto, de 42 anos." Jornal O Globo
Durante desabamento na Igreja Renascer, Cambuci, zona Sul de São Paulo
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Isaías, graças a Deus, não foi à igreja como havia dito... ele foi... aonde mesmo ele foi?
Durante desabamento na Igreja Renascer, Cambuci, zona Sul de São Paulo
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Isaías, graças a Deus, não foi à igreja como havia dito... ele foi... aonde mesmo ele foi?
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