Abri a caixa
Estavam lá a dor, o abandono e o Não
Depois, esqueci de tudo
Fui andando como fada, bela e crente
Muitos anos se passaram
Algo se concretizou
Algo foi possível...
e agora, as vespas vindo para fora, todas juntas
A fazer uma grande confusão...
Como música desarmônica
Como trovão sobre a terra...
Para onde vamos, eu e vc, sempre unidas,
sempre estranhas?
Que angústia, quase não respiro
O ar é como concreto para meus pulmões
O ar
me sufoca
estraçalha
misto de peso e escuridão
Me salve
me salve
Pegue minha mãozinha como seu último gesto
Me puxe para fora
Me desafogue
Me desenterre
Eu, morta, sob a terra quente
quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário