segunda-feira, 7 de junho de 2010

Liberté Egalité

Que bom que existe Truffaut, com seu dicurso liberto. Outra fala, outra possibilidade. Faz Hollywood parecer balinha de açúcar.
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Em Jules et Jim (1962), a mulher veste-se de homem e brinca com a questão de se legitimar socialmente; no entanto, no âmbito privado é ela quem dita as regras, fazendo valer seus desejos e sua moral própria.
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Para ouvir: Le Tourbillon
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Em O homem que amava as mulheres (1977), ao contrário, dá-se a mulher objetificada, sem nome e sem rosto. São peitos na tela, para atender às ânsias do lobo solitário e sem rumo. Bertrand suga a tudo sem critério. Ele é a própria boca escancarada, perdida do seio.
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Truffaut, sem dúvidas, faz cinema de Gênero.

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