terça-feira, 29 de junho de 2010

Continentes

E lá fora no Atlântico
Um barquinho de papel
Leva meu coração de bala juquinha
Pro outro lado, do sol nascente
Quem sabe não é lá?

Quem sabe aos poucos não vou refazendo
A renda deste vestido branco?
Quem sabe essa pureza não me arrebata
E seremos criança de novo?

Nos olhos embaçam as praias
Vemos coqueiros,
As vias sinuosas
Por onde dirigem a 20 por hora

Visto renda
Abro um olho
Salivo salmoura
Estou em conserva

Criança correndo
Catando conchas
Catando margaridas
Catando caracóis

Bruta, altiva
Como Atená
Sou esboço de um sorriso
E danço
De pernas pro ar

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